segunda-feira, 25 de junho de 2012

Prometheus

Diretor Ridley Scott faz dos efeitos visuais a estrela de "Prometheus"

O ponto do alto do filme não fica por conta do roteiro. Desconexo e confuso, certamente vai desapontar aqueles que vão ao cinema esperando respostas para a série Alien. Prometheus, na verdade, parece vir para fazer as perguntas. Nem tudo está perdido, no entanto. A experiência visual da obra, por si só, já vale a ida ao cinema.

Grandiosos. É o mínimo que se pode dizer dos cenários de Prometheus. Por mais que eu não seja o maior fã da escala monocromática que habitualmente é creditada a criaturas alienígenas, os artistas da pequena lua encontrada pelos exploradores capricharam. Os cenários são reais, fantasticamente vazios e increvelmente opressores. É possível sentir o medo que tanto espaço confinado provoca nos personagens, chega a ser algo palpável. E os efeitos visuais são todos de primeira linha.

Experiência em 3D torna-se o grande trunfo de Prometheus. Quem tiver oportunidade deve curtir o filme em uma sala com esta tecnologia. Sem firulas dançando para fora da tela, o 3D de Prometheus é mais realista do que nunca. É uma maneira única e especial de apreciar todo o trabalho de arte desenvolvido exclusivamente para a série. Prometheus pode não ser o melhor filme do ano, mas para fãs de ficção científica e da série Alien, é um prato cheio para muita curtição visual e discussões intermináveis.


Um grupo de cientistas descobre uma pista para as origens da vida na Terra, e parte em uma viagem aos cantos mais sombrios do universo para lutar uma furiosa batalha pela raça humana". O trecho acima faz parte da sinopse curta do filme Prometheus, que estreia dia 15 de julho no Brasil inteiro em cinemas convencionais e também em 3D. Essas poucas palavras não chegam nem perto de resumir a grandiosidade que é o filme, principalmente se assistido em terceira dimensão.

Ridley Scott, diretor de Alien: O Oitavo Passageiro, de 1979, retorna ao universo que criou em Prometheus. O filme, um misto de ação, terror e ficção científica, parece reunir todos os aspectos pelos quais o diretor se tornou conhecido: produção impecável, cenários gigantescos, alguns sustos, um clima constante de tensão e medo do desconhecido, replicantes sem coração e mocinhas de beleza exótica em trajes sumários.

Falando em mocinhas, a protagonista Elizabeth Shaw, vivida por Noomi Rapace (de Sherlock Holmes: O Jogo das Sombras), é uma graça, mas é simplesmente inevitável não compará-la à durona Ripley, dos outros filmes. Como cientista a personagem não convence, principalmente por passarmos o longa inteiro sem saber exatamente se ela é arqueóloga, bióloga ou filósofa da evolução. Ainda assim, a atriz é impecável no seu papel e é preciso separar com muito cuidado um problema de roteiro do desempenho da moça.

Há ainda que se frisar o contraponto masculino do elenco, Michael Fassbender (de Shame e X-Men: Primeira Classe), como o replicante David, um robô feito à imagem e semelhança de um homem, para servir de apoio à tripulação da nave. Frio, sem emoções e, ainda assim, misteriosamente humano, David é, sem dúvida, a estrela deste filme.

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