domingo, 29 de abril de 2012

10 coisas que a internet extinguiu ou vai extinguir


A revolução tecnológica proporcionada pela Internet não se limitou às comunicações, já que ela formatou um novo estilo de vida baseado no uso das novas tecnologias. Assim, gostando ou não, aceitando ou não, todos viraram usuários de Internet nas mais diferentes situações cotidianas, independentemente da posse de computador ou do nível de inclusão digital.

Telefone
Diante do aparelho fixo, os adolescentes tem receio de operar este equipamento misterioso posicionado em cima da cômoda, mais ainda, as pessoas tem abandonando em massa tal símbolo comunicacional que imperou durante todo o século XX e trocado pela portabilidade e conforto dos telemóveis.

Disco
Não há como negar, todas as mídias físicas estão definitivamente mortas. O que temos aí são zumbis tecnológicos se movendo em meio à borrasca provocada pelo streaming e as memórias Flash.

TV
Assisto cada vez mais pessoas inteligentes se despedindo das dezenas de canais imprestáveis da TV aberta e das centenas por assinatura. Depois que a Internet entrou nas nossas vidas, descobrimos o tempo inútil que dispendemos assistindo programação de lixo entupida de propagandas indesejáveis.

Cinema
Perdi noção da última vez que fui ao cinema enfrentar perrengues do tipo: estacionamento, imagem escura e fora de foco, segurança precária, conforto espartano, um sujeito atrás praticando spoiler, etc. Ainda bem que inventaram os projetores e os Torrents do PirateBay! (A bem da verdade, a maioria dos filmes da minha cinemateca são DVDs originais).

Conceito de amigo
Se a Internet não acabou com a amizade, diluiu o conceito de amigo. Hoje, qualquer um pode ter milhares de amigos no Orkut, Twitter, Facebook, Myspace, Hi5... mas os amigos do peito continuam sendo contados nos dedos da mão. A Internet talvez tenha aprofundado o abismo entre as pessoas, que se no chat tem milhares de coisas para dizer, no cara-a-cara se embasbacam e emudecem. No momento em que você vê cruamente as espinhas no nariz do amigo e lhe sente o mau hálito, o arroubo afetivo presencial perde o sentido.

Revista Adulta
Foi-se o tempo em que a procura de sexo contemplativo somente era possível indo furtivamente à banca de revista e pedindo em voz baixa ao vendedor as últimas novidades da lascívia eslava. Então, você comprava junto uma revista “séria” para não dar na vista e saia de fininho para o aconchego do seu lar.

Computador
A noção de computador como dispositivo de processamento local está definitivamente perdida. Com a banalização do uso da nuvem, os seus dados não estão mais numa determinada máquina e sim na “Internet”, em servidores indeterminados espalhados pelo planeta. Então, numa involução espantosa, o computador voltou a ser, como nos velhos tempos, apenas um terminal de entrada e saída.

Publicações em papel
 O Jornal do Brasil está abandonando o papel e junto com ele diversas publicações estão migrando para o meio 100% digital. Há anos que não sei o que é comprar tal mídia, mesmo porque a minha casa não tem espaço para armazenar o lixo acumulado. Como não tenho pendores artísticos para criar esculturas pós-modernas de entulho, abstenho-me de acumulá-lo. É o que sempre digo para os atendentes de telemarketing que insistem em me azucrinar com ofertas de assinaturas de periódicos, via o quê? Telefone, naturalmente, esta outra peça paleolítica em extinção.

Biblioteca
Há quanto tempo você não vai a uma biblioteca? Estes espaços se configuram cada vez mais em retratos de uma era.

Escola
A escola que aí está, cumpre muito mais um papel de instituição assistencialista de fornecimento de alimentos para crianças carentes, do que de reprodutora do conhecimento. Infelizmente, o conhecimento extra-muros escolares disseminado pela Internet não se amalgama aos moldes da velha escolástica, fundamentada em carteira, quadro-negro, giz e saliva. Tanto a escola está morta, que a segunda greve mais inócua deste país, depois da dos aposentados, é a dos professores, pois ninguém mais precisa de uma escola que não fala a linguagem do Google.

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