terça-feira, 28 de junho de 2011

CIÊNCIA BRASILEIRA CONTESTA A EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROS POR METEORO NO MÉXICO

Em 5 de março de 2010, um estudo publicado na revista Science afirmou: o impacto de um grande asteroide, que originou a cratera Chicxulub, no México, foi a causa da extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos. A afirmativa colocou um ponto final na questão e descartou outras hipóteses que buscavam explicar como os gigantescos répteis sumiram da Terra.

Entretanto, uma dupla de astrônomos brasileiros afirma que o asteróide que caiu no México não é o que se acreditava ser. Uma recente pesquisa do Grupo de Planetologia do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, contesta um estudo feito por pesquisadores do South West Research Institute, nos Estados Unidos, em 2007. O estudo americano anunciou ter sido um fragmento da Família Bapstistina (asteroide 298) que atingiu a Terra onde hoje se localiza a cratera de Chicxulub, no México. Em astronomia, uma família é o conjunto de objetos resultantes de uma colisão entre dois asteroides.
BRASILEIROS CONTESTAM
Os astrônomos brasileiros Jorge Carvano e Daniela Lazzaro fizeram uma campanha de observação em alguns telescópios, entre eles o Gemini, no Chile, que tem poderosos espelhos de 8 metros de diâmetro. Nas observações, eles puderam determinar com grande precisão o albedo, que é a fração da luz solar refletida por um asteroide. A partir do estudo da composição dos fragmentos e da visualização do albedo, é possível afirmar que a Família Baptistina não tem nada a ver com o asteroide responsável pela extinção dos dinossauros.
De acordo com os pesquisadores brasileiros, o valor do albedo de um asteróide originado da Família Baptistina é quase sete vezes maior do que o valor do albedo típico dos meteoritos CM2, que é a composição provável do corpo celeste que gerou a cratera de Chicxulub.
O estudo americano trabalhou com dinâmica e não com observação dos corpos. Na hora de escolher a teoria, eles não tinham observações suficientes e, por isso, acabaram apoiando uma tese errada.
A pesquisa dos brasileiros está publicada no site da revista britânica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

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