terça-feira, 17 de julho de 2012

Logitech Touch Mouse M600


Iniciado pelo Magic Mouse, o conceito de apontadores sensíveis ao toque nunca me atraiu muito. Sou meio analógico para uma série de coisas, por isso ainda prefiro a resposta de botões em quase todos os casos. O principal motivo é porque me sinto mais confortável com a reação mecânica, o som de um clique ainda me transmite mais confiança que uma superfície sensível ao toque.
Essa sempre foi o que mais me incomoda no Magic Mouse, sinto como se estivesse mechendo em um pedaço de plástico. E foi exatamente isso que chamou minha atenção no Touch Mouse M600 da Logitech, ainda que tenha toda sua superfície sensível ao toque, quando você clica com o botão direito e o esquerdo, você de fato clica com o botão direito e o esquerdo, já que isso ainda é mecânico neste periférico. No entanto, isto também é um problema dele.

O mouse é ergonômico, apesar das minhas mãos relativamente grandes ele cabe bem embaixo delas, mas não permite qualquer “escorrego” na posição dos dedos. Você precisa procurar estar sempre com os dedos correspondentes aos botões direitos e esquerdos de um mouse em suas respectivas extremidades, porque em alguns casos, se eles estiverem muito abaixo no corpo do aparelho, podem acabar não diferenciando a pressão sobre um lado ou outro, o que faz ele assumir que aquilo foi um clique do botão esquerdo por padrão. Entretanto é um detalhe com o qual você se acostuma já na primeira hora de uso.
Aliás, acostumar-se é a palavra chave para este mouse. Como toda a área superior dele tem sensores, qualquer movimento que você faz com sua mão pode ser considerado um gesto, o que pode causar uma certa frustração até que entenda como se comportar corretamente no manejo dele.
Toda a área superior do periférico responde a uma série de comandos gestuais padrões que na verdade não são muito variados. Eles substituem o scroll central padrão dos mouses e os botões Avançar e Retornar que alguns outros têm. Então você basicamente arrasta um de seus dedos para cima para fazer a barra de rolagem subir ou para baixo fazendo ela descer, enquanto passar o dedo para a direita avança uma página e para a esquerda recua. Pode parecer poucas funções, mas são basicamente as únicas necessárias ao consumidor médio de um aparelho desses, só senti (e ainda sinto) falta de um substituto para o botão do meio como abrir uma nova página/aba sem precisar segurar o CTRL ou o SHIFT para tanto.
A resposta do M600 é bastante satisfatória e, para mim, surpreendentemente menos cansativa que quando uso o scroll – minha tendinite agradece. Em todos os cliques eu senti clicar e sempre que usava a função de rolagem a precisão era notável e até mesmo para tornar isso ainda melhor o mouse tem um pequeno add-on para navegadores e certos aplicativos quando usado no Windows 7, como os do pacote Office, que é baixado e instalado no momento em que você espeta o receptor Unifying na saída USB. O FlowScroll quase não se faz notar, mas adiciona precisão e qualidade de resposta e uma serta satisfação que admito não encontrar em outras opções mais mecânicas.
O Unifying, aliás, é o ponto alto do periférico. Ele se trata de uma nova tecnologia proprietária sem-fio da Logitech que liga um conector a até seis acessórios diferentes da marca. Permitindo uma certa mobilidade ao usuário, dando a ele a opção de ter teclados e mouses wireless em diferentes lugares sem a necessidade de um pareamento ou transporte deles já que tudo o que é necessário é levar seu notebook com o receptor ou apenas o próprio receptor.
O Touch Mouse M600 pode ser resumido como “funcional”, não é tão ambicioso quanto o Magic Mouse – da mesma maneira que não é tão desconfortável e não-responsivo quanto ele. Dentro da embalagem, além do periférico e do Unifying, ainda acompanham duas pilha AA, ainda que precise só de uma para funcionar, e um pequeno estojo para transporte dando uma sensação de valorização do produto. Mas, ainda que tenha todas essas qualidades, não vejo como R$219,90 possa ser um preço justo quando tantos outros, inclusive da própria Logitech, conseguem fazer as mesmas coisas sem a superfície tátil por muito menos.

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