sábado, 30 de junho de 2012

Especial religião 15: CIENCIA


A CRIAÇÃO MENOS ACEITA O Design inteligente (Desenho Inteligente ou Projeto Inteligente, em inglês Intelligent Design) é a assertação de que “certas características do universo e dos seres vivos são mais bem explicadas por uma causa inteligente, e não por um processo não-direcionado como a seleção natural”. Ele é uma forma moderna do tradicional argumento teleológico para a existência de Deus, modificado para evitar especificações sobre a natureza ou identidade do criador. A idéia foi desenvolvida por um grupo de criacionistas americanos que reformularam o argumento em face à controvérsia da criação vs. evolução para contornar uma decisão judicial americana proibindo o ensino de criacionismo como ciência. Seus principais defensores, todos eles associados ao Discovery Institute, baseado nos Estados Unidos, acreditam que o criador é o Deus do cristianismo. Segundo eles, sua pesquisa é análoga à de detetives que, diante de uma pessoa morta, buscam sinais de que aquele evento não foi acidental (ou que isto é muito improvável), indicando que há um assassino. Os pesquisadores buscam no mundo natural (e principalmente em estruturas biológicas) sinais de planejamento, funcionalidade e propósito. Assim como os detetives podem investigar se há ou não um criminoso sem saber quem ele é, os pesquisadores alegam que poderiam dizer que há uma criação sem saber dados adicionais sobre o criador. A pesquisa se foca nas evidências biológicas e não nas conseqüências das descobertas. Defensores da criação inteligente alegam que ela seja uma teoria científica, e buscam fundamentalmente redefinir a ciência para que a mesma aceite explicações sobrenaturais.

O consenso da comunidade científica é de que a criação inteligente não é ciência, mas na verdade pseudociência. A Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos já declarou que o “criacionismo, design inteligente e outras alegações de intervenção sobrenatural na origem da vida” não são ciências porque elas não podem ser testadas por métodos científicos. A Associação de Professores de Ciências dos Estados Unidos e a Associação Americana para o Avanço da Ciência a classificaram como pseudociência. Outros na comunidade científica concordaram com a classificação, e alguns já a classificaram como ciência-lixo.
O termo “criação inteligente” originou-se em resposta a decisão judicial de 1987 da Suprema Corte Americana no caso Edwards v. Aguilard que envolveu a separação da igreja e do estado. Seu primeiro uso significativo em publicações foi em “Of Pandas and People” (Sobre Pandas e Pessoas), um livro didático de 1989 publicado com a intenção de ser usado em aulas de biologia do ensino médio. Vários livros adicionais sobre a criação inteligente foram publicados nos anos de 1990. Na metade da década de 1990, defensores da teoria começaram a se aglomerar ao redor do Discovery Institute e a defender mais publicamente sua inclusão no currículo da escola pública. Com o Discovery Institute e seu “Center for Science and Culture” (Centro para Ciência e Cultura) servindo como alicerce central no planejamento e financiamento, o “movimento da criação inteligente” cresceu significativamente em publicidade no final da década de 1990 e no início de 2000, culminando no “julgamento de Dover”, em 2005, que contestou o ensino intencional da criação inteligente em salas de ciências do sistema público de ensino.
No caso Kitzmiller v. Dover Area School District, um grupo de pais de estudantes do ensino médio contestaram a exigência de um distrito escolar público para que professores apresentassem a criação inteligente em aulas de biologia como uma “explicação alternativa para a origem da vida”. O Juiz Distrital Americano John E. Jones III sentenciou que a criação inteligente não é ciência, e que “não pode se desacoplar de seus antecedentes criacionistas, e consequentemente religiosos” e concluiu que a promoção da ideia da criação inteligente realizada pelo distrito escolar violava a Cláusula de Estabelecimento da Primeira emenda da constituição dos Estados Unidos da América.
O termo “design inteligente” começou a ser usado após a sentença de 1987 da Suprema Corte Americana no caso Edwards v. Aguillard que decidiu que a exigência de ensinar a “Ciência da Criação” ao lado da evolução era uma violação da Cláusula de Estabelecimento, que proíbe a ajuda estatal à religião. No caso Edwards, a Suprema Corte também havia decidido que “ensinar uma variedade de teorias científicas sobre as origens da humanidade para estudantes pode ser validamente feito com a clara intenção secular de melhorar a efetividade da instrução científica”. Em esboços do livro didático de ciência criacionista “Of Pandas and People”, praticamente todas as derivações da palavra “criação”, como “criacionismo”, foram substituídas com as palavras “design inteligente”. O livro foi publicado em 1989, seguido por uma campanha promovendo-o para ser usado no ensino do design inteligente em classes de biologia do ensino médio do sistema público.
A mesma sentença judicial da Suprema Corte influenciou o jurista aposentado Phillip E. Johnson, em seu livro de 1991 “Darwin on Trial” (Darwin no banco dos réus), a defender a redefinição da ciência para que a mesma permitisse alegações de criação sobrenatural. Um grupo incluindo Michael Behe, Stephen C. Meyer e William Dembski juntou-se a Johnson com o objetivo de derrubar o naturalismo metodológico do método científico (que ele descreveu como “materialismo”) e o substituí-lo com o “realismo teísta” através do que foi subsequentemente chamado de “estratégia da cunha” (wedge strategy). Behe contribuiu para a revisão de 1993 do livro “Of Pandas and People”, criando os alicerces das idéias que ele posteriormente nomearia de “complexidade Irredutível”. Em 1994 Meyer contatou o Discovery Institute, e no ano seguinte eles obtiveram financiamento para criar o Centro para a Renovação da Ciência e Cultura, com o propósito de promover a busca do movimento do design inteligente por apoio político e público para o ensino do “design inteligente” como uma alternativa a evolução baseada na criação, particularmente nos Estados Unidos.
O design inteligente é apresentado como uma alternativa às explicações naturais para a origem e diversidade da vida. Ela se situa em oposição à ciência biológica convencional, que depende do método científico para explicar a vida através de processos observáveis como mutações e a seleção natural. O propósito declarado do design inteligente é o de investigar se as evidências empíricas existentes implicam ou não que a vida na Terra precisou ser concebida por um agente ou agentes inteligentes. William Dembski, um dos principais defensores do design inteligente, já afirmou que a alegação fundamental do design inteligente é que “existem sistemas naturais que não podem ser adequadamente explicados em termos de forças naturais não-direcionais e que exibem características que em qualquer outra circunstância nós atribuiríamos à inteligência.” No manifesto do Discovery Institute que vazou para a mídia e ficou conhecido como o “Documento da Cunha” (Wedge Document), entretanto, era dito aos defensores do movimento que:
“Nós estamos crescendo nesse momentum, aumentando a cunha com uma alternativa científica positiva às teorias científicas materialistas, que veio a ser conhecida como a teoria do design inteligente. A teoria do Design promete reverter a dominância sufocante da visão de mundo materialista, e a substituí-la com uma ciência consoante a convicções teístas e cristãs.”
Defensores do Design Inteligente procuram por evidências do que eles chamam de “sinais de inteligência”: propriedades físicas de um objeto que apontam para um projetista (designer) (veja: argumento teleológico). Por exemplo, defensores do design inteligente argumentam que um arqueólogo que encontra uma estátua feita de pedra em um campo pode justificavelmente concluir que a estátua foi projetada, e pode sensatamente tentar identificar o conceptor. O arqueólogo não estaria, entretanto, justificado ao fazer a mesma alegação baseado em um pedregulho irregular do mesmo tamanho. Defensores do design inteligente argumentam que sistemas vivos apresentam grande complexidade, a partir do que eles podem inferir que alguns aspectos da vida são projetados.
Eles também afirmam que embora as evidências que possam apontar para a natureza de uma “causa ou agente inteligente” possam não ser diretamente observadas, seus efeitos na natureza podem ser detectados. Dembski, em seu livro “Signs of Intelligence” (Sinais de inteligência), afirma: “Defensores do design inteligente consideram-no como um programa de pesquisa científica que investiga os efeitos de causas inteligentes… e não causas inteligentes per se”. Em sua opinião, ninguém pode testar a identidade de influências exteriores a um sistema fechado, de dentro do sistema fechado, logo questão relacionadas à identidade do designer caem fora do âmbito do conceito. Em 20 anos desde que o design inteligente foi formulado, nenhum teste rigoroso que possa identificar os alegados efeitos foi proposto. Nenhum artigo apoiando o design inteligente já foi publicado em periódicos científicos revisados por pares, e nem o design inteligente já foi o sujeito de estudo de qualquer pesquisa ou estudo científico.

CONCEITOS INTEGRAIS: Complexidade Irredutível
O termo “complexidade irredutível” foi introduzido pelo bioquímico Michael Behe, que o define como “um sistema único composto de várias partes compatíveis que interagem entre si e que contribuem para sua função básica, onde a remoção de uma das partes faria com que o sistema efetivamente cessasse de funcionar”.
Behe usa a analogia de uma ratoeira para ilustrar esse conceito. Uma ratoeira consiste de vários pedaços integrantes – a base, o pegador, a mola e o martelo – partes que precisam estar no lugar para que a ratoeira funcione. A remoção de qualquer um dos pedaços destrói a função da ratoeira. Defensores do design inteligente afirmam que a seleção natural não poderia criar sistemas irredutivelmente complexos, porque a função seletiva só está presente quando todas as partes estão montadas juntas. Behe argumenta que mecanismos biológicos irredutivelmente complexos incluem o flagelo bacteriano da E.coli, a cascata da coagulação do sangue, o cílio, e o sistema imune adaptativo.
Críticos apontam que o argumento da complexidade irredutível assume que as partes necessárias do sistema sempre foram necessárias e consequentemente não poderiam ter sido adicionadas sequencialmente. Argumenta-se que algumas partes que são inicialmente só um pouco vantajosas podem posteriormente se tornar necessárias à medida que outros componentes mudam. Além disso, eles argumentam, a evolução frequentemente procede alternando partes preexistentes ou as removendo do sistema, ao invés de sempre adicioná-las . Isso é algumas vezes chamado de “objeção do andaime”, criando uma analogia com andaimes, que podem suportar um prédio “irredutivelmente complexo” até que o mesmo seja completado e possa sustentar a si mesmo. Behe admitiu, ter usado uma “prosa irregular”, e que seu “argumento contra o Darwinismo não se sustenta à prova lógica”. A complexidade irredutível permanece um argumento popular entre defensores do design inteligente; no julgamento de Dover, a corte decidiu que “A alegação do Professor Behe para a complexidade irredutível foi refutada em artigos de pesquisa revisados por pares e foi rejeitado pela comunidade científica em geral”. Complexidade especificada
Em 1986 o químico criacionista Charles Taxon usou o termo “complexidade especificada”, proveniente da teoria da informação, quando alegava que mensagens transmitidas pelo DNA na célula eram especificadas por uma inteligência, logo originaram-se de um agente inteligente. O conceito de “complexidade especificada” do design inteligente foi desenvolvido na década de 1990 pelo matemático, filósofo, e teólogo William Dembski. Dembski afirmava que quando alguma coisa exibia complexidade especificada (ou seja, complexo e “especificado”, simultaneamente), poderíamos inferir que ela foi produzida por uma causa inteligente (ou seja, que foi projetada) ao invés de ser o resultado de processos naturais. Ele fornece os seguintes exemplos: “Uma única letra do alfabeto é especificada sem ser complexa. Uma sentença longa de letras aleatória é complexa sem ser especificada. Um soneto shakespeariano é tanto complexo quando especificado.”. Ele afirma que detalhes de seres vivos podem ser similarmente caracterizados, especialmente os “padrões” de seqüências moleculares em moléculas biológicas funcionais como o DNA.
Dembski define sua informação especificada complexa (IEC) como qualquer coisa com menos de 1 em 10150 chance de ocorrer ao acaso (naturalmente). Críticos afirmam que isso caracteriza o argumento como uma tautologia: informação especificada complexa não pode ocorrer naturalmente porque Dembski a definiu assim, logo a verdadeira questão foca-se em saber se as IECs realmente existem na natureza ou não.
A solidez conceitual do argumento da complexidade especificada/IEC de Dembski é largamente desacreditada pelas comunidades científica e matemática. A complexidade especificada ainda não foi demonstrada como tendo vastas aplicações em outros ramos de estudo como alegado por Dembski. John Wilkins e Wesley Elsberry caracterizam o “filtro explanatório” de Dembski como eliminativo, porque ele elimina explicações sequencialmente: primeiro regularidade, depois acaso, e finalmente caindo em default para o design. Eles argumentam que esse procedimento é falho como um modelo de inferência científica porque a maneira assimétrica com que trata possíveis explicações diferentes o torna propenso a tirar falsas conclusões.
Richard Dawkins, outro crítico do design inteligente, argumenta em “Deus, um delírio” que permitir que um designer inteligente seja levado em conta para explicar a complexidade improvável somente adia o problema, uma vez que tal criador teria que ser pelo menos tão complexo quanto a coisa criada.
Outros cientistas também argumentaram que a evolução por meio da seleção natural é mais capacitada para explicar a complexidade observável, como é evidente pelo uso da evolução seletiva para projetar a eletrônica de certos sistemas automotivos e aeronáuticos que são considerados problemas complexos demais para os “designers inteligentes” humanos. Isto, apesar destes métodos usarem a inteligência humana para definir a aptidão dos resultados obtidos tornando o método teleológico, ou seja, com um proposito muito bem definido por um “designer inteligente”, análogo ao argumento teleológico.

Universo bem afinado
Defensores do design inteligente ocasionalmente propõem argumentos fora do ramo da biologia, mais notavelmente um argumento baseado no conceito das “constantes universais bem afinadas”, que tornam possíveis a existência da matéria e da vida, e portanto alegando que as constantes não devem ser solenemente atribuídas ao acaso (processos naturais). Essas incluem os valores das constantes físicas fundamentais, a força relativa das forças nucleares, o eletromagnetismo, a gravidade entre partículas fundamentais, também como as taxas das massas de tais partículas. Defensor do design inteligente e filiado do Centro para Ciência e Cultura, Guillermo Gonzales argumenta que se qualquer um desses valores fosse até minimamente diferente, o universo seria dramaticamente diferente, tornando impossível a formação de muitos elementos químicos e de estruturas características do Universo, como galáxias. Logo, defensores argumentam, um designer inteligente da vida foi necessário para garantir que as características específicas se dessem presentes, caso contrário a vida seria, em termos práticos, impossível de ter existido.
Embora a alegação seja perfeitamente viável para a filosofia (lógica) e pela matemática (probabilidade), a grande maioria dos cientistas responde a esse argumento apontando que o mesmo não pode ser testado e, consequentemente, não é cientificamente produtivo. Alguns cientistas argumentam que mesmo quando tomados como uma mera especulação, esses argumentos são parcamente suportados por evidências existentes. Victor J. Stenger e outros críticos afirmam que tanto o design inteligente quanto a forma fraca do princípio antrópico são essencialmente uma tautologia; em sua opinião, esses argumentos se sustentam na alegação de que a vida é capaz de existir porque o Universo é capaz de suportar vida. A alegação da improbabilidade de um universo que é capaz de suportar vida também foi criticada como sendo um argumento pela falta de imaginação por assumir que nenhuma outra forma de vida além da nossa é possível. A vida como conhecemos poderia não ter existido se as constantes fossem diferentes, mas uma forma de vida diferente poderia ter se formado no nosso lugar. No entanto, tal alegação, na mesma proporção da primeira, não possui uma única evidência e, de fato, todas as formas de vidas conhecidas são baseadas em carbono, tornando tal resposta pura especulação e, notadamente, “infalsiável”, daí não-científica. Um número de críticos também sugere que muitas das variáveis apontadas parecem ser bem interconectadas e que cálculos feitos por matemáticos e físicos sugerem que a emergência de um universo similar ao nosso é bem provável. O notável de tal alegação é que a mesma inter-relação entre muitas das variáveis apontadas também é utilizada pelos próprios defensores do Design Inteligente como uma evidência pelo design. Além disso, a teoria do multiverso é comumente defendida por cientistas (incluindo Stephen Hawking e Richard Dawkins) como uma possível explicação que refutaria a suposta necessidade de um Criador por trás do universo bem definido, alegando que a existência de vários universos além do nosso tornaria extremamente possível que num deles houvesse vida. Defensores do DI desconsideram esta hipótese alegando que esta proposta não só não é falsiável (daí não-científica), como também não possui nenhuma evidência que a suporte (ou seja, não passa de especulação imaginativa). Além do mais, levantaria a questão cosmológica de como estes universos teriam surgido (expressado na pergunta “o que/quem inventou a ‘máquina de produzir universos?’”), voltando ao problema das origens.
Defensor do design inteligente, Granville Sewell já afirmou que a evolução de formas complexas de vida representa uma diminuição da entropia, consequentemente violando a segunda lei da termodinâmica e apoiando o design inteligente. Isso, entretanto, é uma equivocação dos princípios da termodinâmica. A segunda lei da termodinâmica aplica-se a sistemas fechados somente. Se esse argumento fosse verdadeiro, seres vivos não conseguiriam crescer, já que isso também seria uma diminuição da entropia. Entretanto, como na evolução, o crescimento de seres vivos não viola a segunda lei da termodinâmica, porque seres vivos não são sistemas fechados – eles possuem uma fonte externa de energia (por exemplo, comida, oxigênio, luz do sol) cuja produção depende de um aumento liquido da entropia.

Criador inteligente
Argumentos a favor do design inteligente são formulados em termos seculares e intencionalmente evitam identificar o agente (ou agentes) que eles positam. Embora não afirmem que Deus seja o criador, o criador é frequentemente e implicitamente hipotetizado como tendo intervindo de uma maneira que somente um deus poderia intervir. Dembski, em “The Design Inference” (A Inferência do Design), especula que uma cultura alienígena poderia preencher os requisitos de um designer. A descrição autoritativa do design inteligente, entretanto, explicitamente afirma que o universo demonstra características de ter sido projetado. Reconhecendo o paradoxo, Dembski conclui que “nenhum agente inteligente que é estritamente físico poderia ter presidido a origem do universo ou a origem da vida”. Os principais defensores do design inteligente já fizeram declarações de que eles acreditam que o designer seja o Deus cristão, em contraste exclusão de todas as outras religiões.
Além do debate sobre se o design inteligente é ou não científico, um número de críticos chegam até a argumentar que a evidência existente torna a hipótese de um design bem improvável, independentemente de seu status no mundo científico. Por exemplo, Jerry Coyne, da Universidade de Chicago, pergunta por que um designer teria “nos dado os caminhos para a produção de vitamina C, mas então a destruído ao desativar uma de suas enzimas” e por que ele ou ela não iria “empilhar ilhas oceânicas com répteis, mamíferos, anfíbios e água fresca, apesar da adequação de tais ilhas para essas espécies”. Coyne também aponta o fato da “flora e a fauna dessas ilhas lembram as da terra continental mais próxima, mesmo quando os ambientes são bem diferentes” como evidência de que espécies não foram colocadas lá por um designer. Anteriormente, no livro A Caixa Preta de Darwin, Behe argumentou que nós somos simplesmente incapazes de entender os motivos do designer, logo tais questões não podem ser respondidas definitivamente. Criações estranhas poderiam, por exemplo, “ter sido colocadas lá por um designer… por razões artísticas, para se mostrar, por algum motivo prático ainda não determinado, ou por alguma razão desconhecida”. Coyne responde que, à luz da evidência, “ou a vida resultou não de um design inteligente, mas da evolução; ou o designer inteligente é um brincalhão cósmico que projeta tudo para que o mesmo pareça ter evoluído”.
Assertar a necessidade de um criador para a complexidade também levanta a seguinte questão de “Quem criou o criador?” Defensores do design inteligente afirmam que essa questão é irrelevante ou fora do escopo do design inteligente. Richard Wein contra-argumenta que as perguntas não respondidas que uma teoria cria “precisam ser balanceadas contra o aperfeiçoamento de nosso entendimento do que a explicação fornece”. Invocar um ser inexplicável para explicar a origem de outros seres (nós mesmos) não passa de petição de princípio. “A nova questão levantada pela explicação é tão problemática quanto a questão que a explicação pretende responder”. Richard Dawkins vê a assertação de que o designer não precisa ser explicado, não como uma contribuição ao conhecimento, mas como um “clichê exterminador de pensamento”. Na ausência de evidências observáveis e mensuráveis, a própria questão “Quem criou o criador?” leva a uma regressão infinita de onde defensores do design inteligente só podem escapar ao recorrer ao criacionismo religioso ou à contradição lógica.

MAIS ACEITA: TEORIA DO BIG BANG
O Big Bang é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do universo. Os cosmólogos usam o termo “Big Bang” para se referir à ideia de que o universo estava originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado e, desde então tem se resfriado pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente. A teoria é sustentada por explicações mais completas e precisas a partir de evidências científicas disponíveis e da observação. De acordo com as melhores medições disponíveis em 2010, as condições iniciais ocorreram por volta de 13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás.
Georges Lemaître propôs o que ficou conhecido como a teoria Big Bang da origem do Universo, embora ele tenha chamado como “hipótese do átomo primordial”. O quadro para o modelo se baseia na teoria da relatividade de Albert Einstein e hipóteses simplificadoras (como homogeneidade e isotropia do espaço). As equações principais foram formuladas por Alexander Friedmann. Depois Edwin Hubble descobriu em 1929 que as distâncias de galáxias distantes eram geralmente proporcionais aos seus desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaître em 1927. Esta observação foi feita para indicar que todas as galáxias muito distantes e aglomerado de galáxias têm uma velocidade aparente diretamente para fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante, maior a velocidade aparente. Se a distância entre os aglomerados de galáxias está aumentando hoje, todos deveriam estar mais próximos no passado. Esta idéia tem sido considerada em detalhe volta no tempo para as densidades e temperaturas extremas, e grandes aceleradores de partículas têm sido construídos para experimentar e testar tais condições, resultando em significativa confirmação da teoria, mas estes aceleradores têm capacidades limitadas para investigar em tais regimes de alta energia. Sem nenhuma evidência associada com a maior brevidade instantânea da expansão, a teoria do Big Bang não pode e não fornece qualquer explicação para essa condição inicial, mas sim, que ela descreve e explica a evolução geral do Universo desde aquele instante. As abundâncias observadas de elementos leves em todo o cosmos se aproximam das previsões calculadas para a formação destes elementos de processos nucleares na expansão rápida e arrefecimento dos minutos iniciais do Universo, como lógica e quantitativamente detalhado de acordo com a nucleossíntese do Big Bang.
Fred Hoyle é creditado como o criador do termo Big Bang durante uma transmissão de rádio de 1949. Popularmente é relatado que Hoyle, que favoreceu um modelo cosmológico alternativo chamado “teoria do estado estacionário”, tinha por objetivo criar um termo pejorativo, mas Hoyle explicitamente negou isso e disse que era apenas um termo impressionante para destacar a diferença entre os dois modelos. Hoyle mais tarde ajudou consideravelmente no esforço de compreender a nucleossíntese estelar, a via nuclear para a construção de alguns elementos mais pesados até os mais leves. Após a descoberta da radiação cósmica de fundo em 1964, e especialmente quando seu espectro (ou seja, a quantidade de radiação medida em cada comprimento de onda) traçou uma curva de corpo negro, muitos cientistas ficaram razoavelmente convencidos pelas evidências de que alguns dos cenários propostos pela teoria do Big Bang devem ter ocorrido.

O FIM
Quando se trata desse assunto a Ciência lida apenas com probabilidades, nada é certo. Cientificamente, há teorias de que o nosso planeta terá um fim. Os cientistas, no entanto, não afirmam que esse fim acontecerá inevitavelmente conforme suas teses. As previsões científicas são várias: aquecimento, resfriamento, soterramento dos oceanos, falta de alimentos para uma superpopulação, guerra nuclear, etc.
O AQUECIMENTO – Conforme observações científicas, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera faz elevar a temperatura. Crê-se que a extinção dos dinossauros se deu em razão da queda de um meteoro que aumentou a concentração desse gás na atmosfera, elevando a temperatura subitamente, ocasionando a morte dos grandes répteis.
O RESFRIAMENTO – É conhecida a afirmação de que o Sol perde gradativamente seu calor e poderá ocorrer o resfriamento e a extinção da vida na Terra.
O ATERRAMENTO DOS OCEANOS – As chuvas estão levando constantemente toneladas de terra para o mar. Paulatinamente ocorrerá o enchimento dos oceanos, vindo as águas a invadirem as terras atualmente emersas.
FALTA DE ALIMENTOS – A população mundial cresce demais, em proporção maior do que a capacidade de aumento de produção. Poderá chegar o tempo em que não haja alimentos para tanta gente.
A GUERRA NUCLEAR – Já há muito tempo, considerou-se que a capacidade dos arsenais atômicos era de destruir o nosso planeta dez vezes.
“CHOQUE COM OUTRO ASTRO – Embora a Astronomia tenha comprovado que os astros obedecem a leis matemáticas fixas, admitem muitos cientistas a possibilidade de a Terra ser atropelada por outro corpo celeste.” (Alfons Balbach, em “Os Grandes Fatos e Problemas do Mundo”, pág. 16). Informações científicas mais recentes mostram que milhões de corpos celestes cruzam constantemente o espaço, tendo o nosso planeta o risco de se chocar com alguns deles. Esse choque já ocorreu em tempos remotos, com corpos de pequenas dimensões, eliminando algumas formas de vida. É esta a hipótese do desaparecimento dos dinossauros, baseada na existência de cratera indicadora da colisão, no período em que eles desapareceram. Tal acidente poderá ocorrer com outros maiores, extinguindo toda a vida do planeta.
Calcula-se, segundo reportagem divulgada pelo Fantástico em 93, que há cerca de DOIS MIL asteróides de aproximadamente 2km de diâmetro que podem chocar a qualquer momento com a Terra. Se levarmos em conta aqueles equivalentes a um campo de futebol, o número sobe para CEM MIL. As probabilidades de um desses asteróides se chocar com a terra são, segundo o matemático Oswald Sousa, trezentas e onze vezes maior do que as de alguém acertar na SENA marcando um único cartão. Um choque desse, entretanto, não ocorreria inesperadamente; pois os observatórios atuais captam a presença de um asteróide muito tempo antes de ele se aproximar da Terra.
O único item dessa lista de catástrofes, que sem dúvida, representa o fim do nosso planeta e de tudo que há nele, é a morte do Sol, quando ele se exaurir daqui uns bilhões de anos. Quando isso acontecer ele se tornará uma gigante Vermelha e nesse processo, qualquer coisa que habite a Terra vai virar pó. O planeta vai virar combustível depois de um tempo com a expansão solar. Mas até lá, ainda temos muito tempo pela frente, não?

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