quinta-feira, 16 de junho de 2011

E existem Amigos Imaginários?

Alguém já deve ter possuído um amigo imaginário. Eu não. Já tentei, mas eles “morriam” com uns dois dias de existência. Há pessoas que possuem por um bom tempo, tornando-o um fiel confidente, tanto para desabafar como para divertir. Menos conselhos, é claro, porque eles não falam, ao menos neste mundo concreto; possui sentimento, e olhe lá.
Não me perguntem a visão psicológica do que é uma criança possuir um “amigo” que não existe; afinal, cada um pode atribuir suas próprias conclusões a respeito deste assunto (exatamente por isso que não me atrai correr até o Google e tirar respostas prontas).

Pode ser uma criança meio doidinha que fala sozinha (não existe pessoa nesse mundo que não converse em voz alta consigo mesma, isto é humano); carência de amizade, ou simplesmente “algo” para desabafar que não seja a si próprio. E claro, talvez possa ser o que você pense.
Acho que amigos imaginários nem sempre possam ser possuídos por crianças que vivem no mundo da lua, são loucas e apenas solitárias; a criança pode ter diversos amigos, ser a criaturinha mais normal do mundo e até com os pés no chão e ter um amigo assim.
Afinal, todos nós gostaríamos de ter um amigo sempre por perto, quando quiséssemos, aos nossos favores e desejos. E sabemos que não é bem assim. Amigo que confiamos, consideramos um irmão, temos. Mas ele tem seus compromissos, sua família, sua vida, e nem sempre pode estar presente a tudo que queremos. Claro, um grito ele vem correndo. E o imaginário, está sempre ali, pois ele vive pela nossa cabeça, depende apenas de nós para existir. Podemos contar tudo a ele que saberemos que ele jamais abrirá a boca, levaremos a qualquer lugar, até dentro da mochila ele cabe. Dorme todos os dias na nossa casa, vive nela, pena que os pais não entendem e nos consideram malucos. Não possui outro amigo, jamais teremos ciúme dele, nem brigamos, ele é perfeito, possui todas as qualidades e defeitos em comum conosco. Para que outro amigo, se temos um assim, todinho para nós?
Eu ainda prefiro os concretos. Um milhão de vezes. Esses podem abraçar. Este também possui seus problemas, suas reações, e podemos ajudá-lo, assim como ele também. Sem contar os puxões de orelha, os conselhos. Mesmo ele nem sempre podendo participar de nossa vida (nem a gente consegue dar conta de ficar com ele o tempo todo!), ele está do nosso lado, pode possuir grandes ou poucas diferenças, mas nos completa.
De algum jeito. E, provavelmente, se encontra aí mais um significado de amigo imaginário: ele nos ensina a valorizar os que temos, os de verdade.

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